domingo, outubro 03, 2004

A política baixa

Ainda me custa a acreditar que foi mesmo verdade aquilo que se passou ontem, no debate entre Carlos César e Vítor Cruz. Refiro-me à questão do CD gravado que Vítor Cruz apresentou à mesa e do relato do mesmo. Vamos a ver se nos entendemos. Falava-se na altura do facto de haver ou não haver nos Açores pressões políticas sobre funcionários públicos, por parte do Governo do Partido Socialista. (Esta questão, há uns meses atraz, foi afirmada em Lisboa, à comunicação social, por aquele senhor que fugiu para Bruxelas e que era então o Primeiro Ministro Durão Barroso, agora José Barroso). Falava-se então das pressões políticas. Nessa altura, Vítor Cruz, saca dum CD, a câmara televisiva foca as mãos de Vítor Cruz e o CD... suspense... sai a declaração da noite: "esta gravação contem uma conversa do Presidente do Governo com um funcionário público a pressioná-lo para ele não ir ao Congresso da Convenção"... Note-se, eu notei, que nessa altura Vítor Cruz disse o "Presidente do Governo" e não o "Presidente do Partido Socialista", termo com que se referiu a Carlos César durante todo o debate. São aquelas pequenas coisas que os sacanas, como eu, notam, mas que os advogados, como Vítor Cruz, fazem. Adiante. Vítor Cruz acrescenta logo para que não fiquem dúvidas: trata-se do Dr. Miguel Brilhante...ele está disposto a testemunhar e vir aqui prestar declarações... Saltei na cadeira! Quem? O dr. Miguel Brilhante? Aquele que é Formador numa Escola Profissional, que dá formação a Formadores, que trabalha(?) na Secretaria da Habitação e Obras Públicas. (Por acaso, dizem as más línguas, que ele quaze não põe os pés na Secretaria... Não sei se é verdade, as pessoas são mázinhas) . Aquele que... Não, não é esse, esse é outro. Ah, já sei!
(continua nos próximos capítulos)