segunda-feira, junho 14, 2004

Ausências notadas "Estratégicamente"

"Estratégicamente", Duarte Freitas foi para os estúdios da RTP Açores (puzeram lá também a cadeira para Paulo Casaca, por causa da imparcialidade), desligando-se assim da aparição natural e costumada do candidato representante do(s)Partido(s)derrotado(s), rodeado dos seus colaboradores directos.
Assim, torna-se mais fácil que, "estratégicamente", Vítor Cruz apareça sózinho a assumir a derrota. Nem Berta Cabral (mandatária da campanha de Duarte Freitas), nem Bolieiro, ninguém... Vítor Cruz aparece sózinho, dá os parabéns (ainda que tímidamente) ao PS, tece considerações que desdizem muito do que disse durante a campanha, retira a estas eleições a importância que lhes quiz dar durante a campanha.
Duarte Freitas, entretanto, nos estúdios da RTP/Açores, dá os parabéns a Paulo Casaca, declara que entrou na corrida em desvantagem de tempo em relação ao candidato do PS, promete que, a partir de agora, os Açores é que contam para ele.
Contrastante com tudo isto, na "outra margem" da Coligação, surge Alvarino Pinheiro, na Terceira, em mangas (curtas) de camisa, rodeado de uma dúzia de membros do seu staff... Não assume a derrota, anuncia um resultado falso (diz que a diferença entre a Coligação e o PS nos Açores deve ser abaixo dos 4%, e é mentira) e não dá os parabéns nem ao PS, nem a Paulo Casaca, nem a ninguém. Fica ali, especado, rodeado dos seus "amigos" , a sorrir esforçadamente e provávelmente a seguir vai para casa satisfeito com a sua consciência.
Entretanto, Mota Amaral, nem vê-lo! No pressupôr do desaire, o melhor é gozar da imparcialidade que fica bem a um Presidente da Assembleia da República.
"Estratégicamente", sempre! À moda antiga. Sempre com jogadas de bastidores, pré delineadas, a ver se nos enganam e se a coisa pega.
É destes políticos e desta política que eu estou farta!