segunda-feira, junho 07, 2004

Do meu Primo e Amigo Cristóvão de Aguiar, recebi estes poemas, que passo a transcrever:

"... De aqui de Portugal, todas as épocas no meu cérebro,
Saúdo-te, Walt, saúdo-te, meu irmão em Universo,
Eu, de monóculo e casaco exageradamente cintado,
Não sou indigno de ti, bem o sabes, Walt,
Não sou indigno de ti, basta saudar-te para o não ser..." [Álvaro de Campos]

"Ainda mais coragem, meu irmão ou irmã
Não vaciles - a Liberdade tem de ser servida, haja o que houver;
Que importa que ela falhe uma vez, ou duas vezes, ou muitas vezes
Ou seja ferida pela indiferença ou ingratidão do povo ou pela infidelidade
Ou pelo aparato das mordaças do poder, soldados, canhões, códigos penais.

Aquilo em que nós cremos aguarda latente em todos os continentes,
A ninguém convida, não promete nada, repousa em calma e claridade.
[é teimoso e tranquilo, não conhece o desanimo,
Esperando com paciência, esperando a sua hora ..."

[WW, A Um Revolucionário Europeu Vencido, trad. Jorge de Sena


Obrigada, Cristóvão. Um abraço.